A empresa brasileira Embraer está registrando a marca Energia nos Estados Unidos voltada para sua família de aeronaves elétricas e híbridas
A brasileira Embraer apresentou nos Estados Unidos pedidos de registro de marca cobrindo sua próxima família Energia, composta por novas aeronaves eletrificadas de baixa e zero emissão. Em sua empreitada, a empresa enfrenta uma recusa inicial do Escritório de Patentes e Marcas Registradas (USPTO) norte-americano por motivos de “probabilidade de confusão”, segundo o site Aviation International News.
Sob o nome Energia, a futura linha de aeronaves da Embraer conta com quatro modelos de nove a cinquenta assentos, movidos por uma mistura de sistemas de propulsão híbridos elétricos, a hidrogênio, turbina a gás de combustível duplo e sistemas de propulsão totalmente elétrica. A confusão com o nome “Energia” pode ser por conta da existência de uma empresa de motocicletas elétricas chamada “Energica” (conforme traz o site Electrek).
As solicitações que estão sendo processadas abrangem o avião regional E50-H2GT de 50 assentos movido a hidrogênio e o E19-H2FC, de 19 assentos. A Embraer espera que eles entrem em serviço – respectivamente, em 2040 e 2035 – e atendam rotas entre 200 e 500 milhas náuticas (nm).
A Embraer também está buscando a confirmação de marca registrada para um par de aeronaves de nove lugares que podem ser usadas para uma variedade de negócios, utilitários e aplicações sub-regionais. A empresa brasileira espera obter a certificação do E9-HE híbrido elétrico de 500 nm até 2030 e ter o E9-FE totalmente elétrico de 200 nm pronto para entrada em serviço em 2035.
Um novo eVTOL Embraer
Em novembro, o USPTO publicou um pedido de patente cobrindo os planos da Embraer para uma nova aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL). O design é bem diferente do modelo eVTOL de quatro passageiros em desenvolvimento pela sua divisão Eve Urban Air Mobility.
Nele, há dois conjuntos de aerofólios, com um deles se estendendo da seção dianteira da fuselagem e o outro servindo como uma empenagem. Entre os dois aerofólios, os desenhos mostram dois conjuntos de hélices, cada um conectado diretamente a uma unidade de propulsão não especificada. O resumo, porém, não detalha a fonte de energia proposta para a aeronave nem quantos assentos o modelo pode transportar.